Oi, professor(a)! Tudo bem com você? Professora Camila aqui. Se você caiu neste post é porque, provavelmente, recebeu a cobrança do planejamento anual de Geografia para o 6º ano — e está aí, procurando um modelo pronto, que possa copiar, colar e entregar logo pra coordenação. Acertei?
Pode respirar. Você não está sozinho(a). Eu sei exatamente como é estar no início da jornada, cheio de dúvidas, sem saber por onde começar, tentando entender a BNCC e ainda ouvindo frases como “é só montar um planejamento básico” — como se fosse simples.
De fato é, mas com o tempo, vira um costume planejar e recalcular a rota. Vou te falar a verdade, esses documentos solicitados pela escola se tornam parte da nossa vida.
Mas no início tudo parece difícil. É nesse momento que bate o medo de errar, a insegurança, e aquela sensação de estar perdido no meio de tanta exigência e tão pouco suporte.
Foi pensando nisso que resolvi compartilhar aqui o meu próprio planejamento anual de geografia para o 6º ano, estruturado com base nas habilidades da BNCC, mas indo além:
Você não vai encontrar aqui apenas conteúdos e habilidades. Isso a BNCC já impõe. Eu também explico quais recursos e materiais eu uso, quais metodologias realmente funcionam em sala, e quais instrumentos avaliativos aplico ao longo do ano — tudo com exemplos possíveis, pensados para a nossa realidade.
Se você quer sair daqui com um norte claro, um plano real e completo, pronto para ser usado e adaptado, então leia até o final. Você merece dar aula com segurança, sem precisar improvisar todos os dias.
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Habilidades e Conteúdos a Serem Desenvolvidos ao Longo do Ano para o 6ºAno EFII
Habilidades de Geografia 1ºBimestre 6ºano
- (EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos.
- (EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos originários.
- (EF06GE03) Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos.
• Expansão agrícola e impactos
• Barragens e represas
• Industrialização e paisagem urbana
• Turismo e paisagens
• Desflorestamento e reflorestamento
• Urbanização e favelização
• Crescimento populacional
• Mudanças na agricultura
• Energia eólica e solar
• Infraestrutura e paisagem
• Mineração e território
• Imagens de satélite
• Irrigação e paisagem rural
• Modificações no litoral
• Gentrificação
• Rios: preservação x poluição
Habilidades do 2ºBimestre Geografia 6º ano
(EF06GE04) Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e a sua localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura vegetal.
(EF06GE05) Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e formações vegetais.
(EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de industrialização.
Conteúdos:
- O ciclo da água:
- Comparação entre escoamento superficial no meio urbano.
- Componentes de uma bacia hidrográfica: nascente, afluente, rio principal, foz, divisores de água.
- Morfologia das bacias hidrográficas.
- Leitura de mapas hidrográficos
- Relação entre a rede hidrográfica e a vegetação local.
- Tipos de solo e suas propriedades (arenoso, argiloso, humoso e misto).
- Relação entre solo, relevo e clima.
- Biomas brasileiros e suas formações vegetais predominantes (Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal).
- Climas do Brasil e do mundo.
- A influência dos padrões climáticos no uso da terra e na cobertura vegetal.
- Ação do relevo no tipo de vegetação.
- Desenvolvimento da agropecuária: áreas de pastagem, monocultura, agricultura familiar e agronegócio.
- Impactos da agropecuária nas paisagens: desmatamento, uso de agrotóxicos, compactação do solo.
- A industrialização e a transformação do espaço geográfico: surgimento de áreas industriais, urbanização, poluição.
- Modificações nas paisagens rurais: mecanização, irrigação, uso de fertilizantes e mudanças no modo de vida.
- Crescimento das cidades e impactos ambientais: expansão urbana desordenada, descarte de resíduos, poluição do ar e da água.
- Intervenções humanas nas paisagens naturais: canais, aterros, áreas de mineração.
- Exemplos práticos: comparação entre paisagens urbanas e rurais modificadas.
- A importância da preservação de nascentes, matas ciliares e áreas de recarga de aquíferos.
- Projetos de recuperação ambiental e uso sustentável da água, do solo e da vegetação.
Habilidades do 3º Bimestre 6º ano Geografia
- Origem das cidades: primeiros núcleos urbanos e sua relação com os rios e áreas férteis.
- Transformações ambientais causadas pelas cidades: desmatamento, poluição do ar e das águas, impermeabilização do solo.
- Expansão urbana e impactos na natureza: crescimento desordenado, ocupação de áreas de risco, ilhas de calor.
- Diferenças entre espaço urbano e rural: uso do solo, infraestrutura, paisagem modificada.
- A relação entre população e meio ambiente nas cidades: consumo de recursos, geração de resíduos, mobilidade urbana.
- Leitura de mapas com escalas gráficas e numéricas: entender como representar distâncias reais no mapa.
- Cálculo de distâncias reais com base na escala: exercícios práticos para medir com régua e converter unidades.
- Diferença entre escala grande e pequena: relação entre detalhe e área representada.
- Uso de escalas em mapas históricos e atuais: comparação da expansão urbana ao longo do tempo.
- Modelos tridimensionais da superfície terrestre: o que são, para que servem e como construir.
- Construção de perfis topográficos: representação de variações do relevo com base em curvas de nível.
- Elaboração de blocos-diagramas: representação didática da estrutura do relevo com camadas e elevações.
- Perfis de vegetação: representação gráfica de tipos de cobertura vegetal em diferentes altitudes.
- Uso do solo nas práticas agrícolas: sistemas tradicionais e modernos de cultivo.
- Rotação de culturas: alternância de plantações para preservar a fertilidade do solo.
- Terraços agrícolas: uso em encostas para evitar erosão e melhorar o aproveitamento da água.
- Queimada e seus impactos: prática comum e seus efeitos negativos no solo e no ar.
- Pousio (descanso do solo): técnica tradicional em comunidades camponesas.
- Uso urbano do solo: habitação, indústria, comércio e áreas verdes nas cidades.
- Práticas sustentáveis de uso do solo: agroflorestas, compostagem, manejo ecológico.
- Comparação de diferentes formas de uso do solo no Brasil e no mundo.
Habilidades do 4ºBimestre Geografia 6ºano
(EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.
(EF06GE12) Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as transformações nos ambientes urbanos.
(EF06GE13) Analisar consequências, vantagens e desvantagens das práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.).
Conteúdos:
- Interação entre sociedade e natureza: como diferentes povos utilizam e transformam o ambiente ao longo do tempo.
- Distribuição dos componentes físico-naturais no Brasil e no mundo: relevo, clima, vegetação, hidrografia e sua influência nas atividades humanas.
- Transformações da biodiversidade local e global: desmatamento, introdução de espécies exóticas, urbanização e impactos na fauna e flora.
- Ação humana e perda da biodiversidade: poluição, caça predatória, monocultura e expansão urbana desordenada.
- Preservação ambiental e unidades de conservação: parques, reservas, áreas de proteção e sua importância.
- Principais bacias hidrográficas do Brasil: Amazônica, São Francisco, Paraná, Tocantins-Araguaia e seus usos.
- Bacias hidrográficas no mundo: Nilo, Reno, Danúbio, Yangtzé, Mississipi – importância econômica e ambiental.
- Consumo da água no Brasil e no mundo: agricultura, indústria, uso doméstico e desperdício.
- Crise hídrica e má gestão dos recursos: causas, consequências e desafios para o futuro.
- Impacto da urbanização sobre os recursos hídricos: impermeabilização do solo, contaminação e enchentes.
- Tratamento da água e saneamento básico: acesso, qualidade e desigualdades regionais.
- Ilhas de calor nas cidades: o que são, como surgem e como afetam o microclima urbano.
- Comparação entre áreas urbanas e rurais no quesito temperatura e qualidade do ar.
- Concreto, asfalto e falta de áreas verdes: causas da elevação da temperatura nas cidades.
- Práticas humanas que alteram o clima: poluição, emissão de gases do efeito estufa, queimadas e desmatamento.
- Consequências das mudanças climáticas locais: aumento de chuvas intensas, secas prolongadas, eventos extremos.
- Medidas para mitigar os impactos climáticos urbanos: arborização, telhados verdes, mobilidade sustentável.
- Vantagens e desvantagens das ações humanas sobre o clima: desenvolvimento econômico x danos ambientais.
- Projetos sustentáveis em cidades brasileiras: hortas comunitárias, reciclagem, educação ambiental.
Metodologias de Ensino para Aplicar com o 6ºano
Se tem um ano que parece um furacão na nossa prática docente, é o 6º ano. Os alunos ainda estão em fase de transição do Ensino Fundamental I para o II, e essa mudança é grande: mais professores, mais disciplinas, mais responsabilidades — e uma mente ainda muito voltada para o lúdico. Por isso, o que funciona mesmo com eles são metodologias de ensino simples, envolventes e bem práticas.
Quando monto meu planejamento, gosto de pensar primeiro no perfil da turma. Eles estão descobrindo o mundo da Geografia, então, precisam ver, tocar, montar e vivenciar o conteúdo. Aulas expositivas funcionam? Sim, mas precisam ser bem curtas e combinadas com dinâmicas mais ativas.
Uma metodologia que uso bastante é a aprendizagem por estações. Divido a sala em grupos e cada estação tem uma proposta diferente: leitura com interpretação, jogo de perguntas, observação de mapa, construção de esquema ou até uma atividade prática com massinha. O segredo está na rotatividade — eles passam por todas as estações e aprendem o conteúdo de forma variada e divertida.
Também uso jogos pedagógicos e gamificação. Pode ser um quiz no quadro, um jogo de cartas com perguntas e respostas, ou desafios rápidos com sistema de pontuação. É uma forma de revisar o conteúdo sem que eles percebam que estão estudando.
Outro recurso básico que adoro é o trabalho em grupo com pesquisa orientada. Eles adoram apresentar, construir cartazes, montar painéis com recortes de revista ou até slides simples com a ajuda da escola. Com um pouco de orientação, eles se envolvem muito mais do que se estivessem apenas copiando do quadro.
E não dá pra falar em metodologia ativa sem mencionar as aulas práticas e os experimentos. Quando estou ensinando sobre a estrutura interna da Terra, por exemplo, proponho que eles modelem as camadas com massinha, argila ou isopor colorido. Eles montam, cortam ao meio e identificam cada parte com etiquetas. A fixação é imediata!
Outro experimento que gosto de aplicar é a representação da erosão com bacias e água, simulando como a chuva age sobre o solo. Também já fizemos simulações de vulcões com bicarbonato e vinagre, criamos pluviômetros simples com garrafa PET, e até usamos proveta e bureta artesanal para medir volume e trabalhar noções de observação em atividades sobre clima.
Tudo isso pode parecer simples demais, mas é exatamente isso que eles precisam: clareza, dinamismo e envolvimento. E claro, não podemos esquecer dos questionários diagnósticos e formativos — uso bastante como atividade inicial e como verificação no final de cada etapa.
Em resumo: o conteúdo pode ser o mesmo, mas a forma como você apresenta faz toda a diferença. Com o 6º ano, quanto mais você mistura o brincar com o aprender, mais engajamento e resultado vai ter. Nossa até rimou! Mas juro que foi sem querer...
Instrumentos Avaliativos a Serem Desenvolvidos para o 6º Ano
Oi, professor(a)! Tudo bem com você? Professora Camila aqui. Hoje quero conversar com você sobre um ponto que, muitas vezes, gera dúvidas e até um certo bloqueio: como avaliar os alunos do 6º ano de forma significativa?
Eu sei que, às vezes, a gente acaba caindo naquela velha fórmula de “prova objetiva no fim do bimestre” porque é o mais prático, ou porque falta tempo para planejar algo diferente. Mas deixa eu te contar uma coisa: avaliar vai muito além de aplicar uma prova. E sim, você pode — e deve — diversificar seus instrumentos avaliativos.
Os alunos do 6º ano estão naquela fase de adaptação. Saíram do 5º ano com uma linguagem mais lúdica e, de repente, se deparam com um ensino mais conteudista. É justamente aí que entra o nosso cuidado em tornar o processo avaliativo mais leve, criativo e pedagógico.
Claro que as provas escritas objetivas e dissertativas continuam sendo necessárias, afinal, a leitura e a escrita precisam ser treinadas constantemente. Produções de texto, interpretação de mapas, análises de gráficos — tudo isso deve ser mantido. Mas não precisa parar por aí.
Gosto muito de aplicar resumos visuais e mapas mentais. Os alunos organizam o que aprenderam de forma esquemática, com setas, palavras-chave, desenhos e cores. É uma excelente forma de avaliar a compreensão sem exigir tanto da escrita formal.
Outra prática que funciona super bem são as paródias. Já trabalhei desmatamento, erosão, movimentos da Terra e até clima com paródias criadas por eles. Eles amam cantar, rimar e trazer humor — e ao mesmo tempo estão fixando conceitos geográficos!
Também incentivo muito a criação de histórias em quadrinhos. Nessa atividade, eles usam os conteúdos para construir narrativas e desenhar. Já vi aluno criando final feliz para um desastre ambiental ou mostrando o ciclo da água como se fosse uma aventura de super-heróis. O resultado é incrível!
E por falar em arte, os desenhos temáticos também entram na minha lista de instrumentos avaliativos. Não é só desenhar por desenhar — eles ilustram processos, fenômenos ou paisagens e, depois, explicam oralmente ou por escrito o que representaram.
Além disso, adoro usar questionários orais em grupo, debates organizados, cartazes explicativos, e até mini seminários, com pequenos grupos apresentando os temas trabalhados em sala. Tudo com muito apoio e estrutura, claro, porque eles ainda estão desenvolvendo essa autonomia.
O segredo é esse: não existe só uma forma de avaliar. Quando você abre espaço para diferentes tipos de produção, alcança alunos com perfis e talentos variados. Um vai se sair melhor escrevendo, outro desenhando, outro se apresentando — e todos vão se sentir valorizados no processo.
Se você ainda está se perguntando “mas o que eu coloco como avaliação?”, respira fundo e lembra que avaliar também é ensinar. Você não precisa aplicar algo complexo, só precisa ser coerente com o que ensinou — e permitir que os alunos mostrem, de várias formas, o que aprenderam.
E se você chegou até aqui, tenho um
recadinho…
Eu sei como é difícil manter a
qualidade das aulas com tantos conteúdos, prazos apertados e pouca ajuda. Por
isso, vou te contar o que tem me salvado na prática:
Um pacote completo de Geografia do
6º ao 9º ano, com:
- Planejamentos
prontos e alinhados à BNCC
- Atividades
editáveis com gabaritos
- Slides,
questões e sugestões metodológicas
Eu uso esse material nas minhas aulas —
e recomendo porque realmente funciona.
👉 Clique aqui e conheça omaterial que eu uso com minhas turmas
3 Comentários
Amei o conteúdo...Já compartilhando no grupos de Professores de Geografia....
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMuito abrigada pela visita! Volte sempre que precisar!
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Professora Camila Teles